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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

TERROR NA FRANÇA?


            Com o ataque em Paris desta sexta feira 13 o ocidente dá uma demonstração de total estupidez e prova de que os avanços científicos e tecnológicos de que tanto se orgulha é um nada diante da miséria, fome e espoliação porque passaram povos da Asia, Africa, Américas e da  própria Europa para enriquecimento cada vez maior de um  grupo,  cada vez mais seleto, deixando à margem das benesses dos avanços conseguidos, um contingente no mundo de mais de 80% de pessoas, formando um potencial de revolta que todo conhecimento humano é incapaz de conter e dar um basta. Todos sabem que o dinheiro pode comprar quase tudo e quase todos, mas não tudo nem todos.
         Há sonhos que o homem não abre mão e, é nesta hora, que luta para defende-los. Chamem terrorismo ou o que quiserem, mas o fato é que é uma luta por ideais, e como ideias só são boas para quem as adota, se olhar por este angulo, a conclusão lógica é que não há ideia boa, nem má. Elas são simplesmente ideias. Neste passo, capitalismo, socialismo, comunismo, cristianismo, islamismo, budismo ou seja lá o que for, não são bons nem maus. Também, ficou patente que impor ideias pela força não resolve o problema da humanidade, logo, nenhum guerra seria justa. Ou melhor quem faz a guerra não tem razão, nenhum dos lados. Mas o que o homem  quer é impor ao outro  que a minha guerra é justa e a do injusta. Impor minha ideia, é justo.  Você, impor sua ideia, é injusto. Neste impasse a guerra não tem fim.
Mas a par disto, vem outra questão: Se minha ideia é a boa e minha guerra justa, toda forma de luta é justa, posso usar de todas as armas possíveis para defender meus sonhos e aí o terrorismo passa a ser uma forma justa de guerra. Aliás, mesmo nas guerras convencionais havia terrorismo, senão não se teria explicação para ataques surpresa que matassem guerreiros e não guerreiros e até quem ainda não nasceu.
Por isto, justificar-se o emprego das armas que se tem à mão. Não se trata aqui de saber se os sonhos são, bons ou seja lá o que for, porque o meu sonho é sempre bom o do outro é que não presta. Para impor um sonho, uma forma de vida ou um ideal, a chamada democracia, por exemplo, a classe dominante usa o aparelho do Estado ou seja a força através das leis, da policia, forças armadas. Corolário lógico: O uso  de forças não convencionais para combater um ideal e defender outro.
               Aqui entra uma  variante que os estudiosos preocupados em ir a outros planetas ou mesmo em gozar as benesses do capitalismo não pára para pensar. É a criação de um novo conceito de Estado. O califado, que não é novo, mas está vindo com nova roupagem. O conceito de um Estado sem território e sem povo definidos, mas onde quer que haja um cidadão que comungue com seus ideais se transforme em soldado deste Estado sem pátria cuja única caraterística principal é, não estando em lugar nenhum, estar em toda parte.
                É que o Ocidente não entendeu e, por esta razão mesmo, usa de estratégias e táticas ultrapassadas para combater o que eles convencionaram  chamar terrorismo.
                 Vai quebrar a cara e talvez seja o fim da tão decantada civilização ocidental. Séculos de pilhagem e sujeição se transformaram em século de ódio e revolta. Não se orgulha o Obama de ter matado Bin Laden? Pois que fruto colheu? Estão surgindo Bin Ladens dentro do próprio lar dos ocidentais. Mas o perverso, o bárbaro, o fanático é sempre o outro. Até quando estes caras vão pensar assim?