“Eu não diria que Boulos já está garantido, mas é o favorito, não há a menor dúvida. Mas a eleição nem começou”. Eu dou um caramelo a quem disser onde o vice-presidente Geraldo Alckmin, que é médico, errou nesta elocução. Lançado o desafio, vou esperar.
Eu não diria que Boulos já esteja garantido. O bom uso da língua é uma forma de resistência e de amor à pátria. No caso, o certo é usar o verbo estar no modo subjuntivo que indica incerteza.
Se tenho certeza de uma coisa o verbo vai para o modo indicativo. Exemplo: eu garanto Boulos vai (verbo ir no presente do indicativo), indicando certeza.
Se eu tiver dúvida da eleição de Boulos tenho de levar o verbo ir para o subjuntivo: Não garanto que Boulos vá ( presente do subjuntivo) ser eleito.
O uso do subjuntivo também é obrigatório para ações no futuro. Exemplo: acredito que Boulos vá ser eleito. O verbo aqui no presente do subjuntivo, mas expressando uma ação futura.
Se eu digo: quando Boulos for eleito, o verbo ir está no futuro do subjuntivo, mas expressando um ação no futuro.
Quando eu digo: Se Boulos for eleito. O verbo ir está no futuro do subjuntivo, mas expressando uma dúvida.
Também é obrigatório o uso do subjuntivo quando expressar um desejo. Exemplo: espero que Boulos seja eleito. Aqui o verbo ser está no presente do subjuntivo, mas expressando um desejo.
É obrigatório o uso do subjuntivo quem se quer expressar um condição: Se Boulos for eleito, eu serei nomeado. Aqui o verbo ir está expressando uma condição, a de que eu só serei nomeado se Boulos for eleito.
Esta condição também levaria o verbo ir para o subjuntivo mesmo para expressar uma ação passada. Ex: Se Boulos fosse (passado imperfeito) eleito eu seria nomeado.
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